Inspiração

Quando penso no movimento Jaguar Parade penso em força. Penso na força da coletividade, na força que temos para transformar alienação em ação. E uma das formas é através da arte. A arte é uma potência e traduz, em linguagens diversas, mensagens que podem e devem ser ouvidas por muitas pessoas. A mensagem que o planeta está nos transmitindo é de socorro. A força das matas, dos rios, das tribos indígenas, dos animais, de todo o ecossistema, está ameaçada pela força oposta: do desmatamento, das queimadas, da secura e insensibilidade de muitos. Este projeto chama-se: FORÇA OPOSTA. Através do conceito proposto, trago uma reflexão sobre temas altamente sérios e urgentes, através de referências estéticas leves, otimistas e cheias de cor, em um contraste conceitual e estético dessas duas forças. As cores utilizadas (amarelo, azul, verde, cinza, laranja) estão ligadas a: cores associadas ao Brasil - azul, verde, amarelo; poluição dos rios, do ar, descaso, destruição, tristeza - cinza; força de transformação, energia, criatividade para encontrar novas soluções e caminhos para cuidar do planeta e, ao mesmo tempo, associado às queimadas que vem devastando as matas e matando tantos animais - laranja; elementos que remetem aos índios, com alguns padrões encontrados em sua arte e também o pote, que recebe a água na imagem da frente do projeto. Com os índios devemos aprender sobre uma relação mais equilibrada e respeitosa com o meio ambiente e as outras espécies que habitam a Terra. Eles são nossas raízes, cultura e fazem parte da nossa identidade.
A arte é uma força inquestionável para dar voz e transformar alienação em ação. A arte é uma arma de paz nessa luta.